UMBU: DE NORTE A SUL
Você sabia que o pé de
Umbu foi de extrema importância para os tropeiros viajantes do
Rio Grande Do Sul?
Rio Grande Do Sul?
É meus amigos, não é
apenas aqui no Nordeste que a planta faz sucesso não! Há muito tempo o umbu,
frutinha de cor esverdeada, faz parte da cultura popular brasileira. Mas se
você pensa que as duas árvores por serem da mesma espécie são semelhantes, está
muito enganado.
Pé de Umbu semiárido nordestino. Foto: reprodução internet |
O pé de umbuzeiro nordestino
ééé... Pequenininho. Meio acanhando. Com caules retorcidos. Podendo medir até
seis metros de altura (nada mais que isso). Por outro lado, o Rei Do Sertão,
das secas e estiagens fornece um ótimo suporte tanto por sua copa larga (que
pode chegar até 15 metros), como também por seus frutos suculentos e suas
raízes conservadoras de água produtoras de uma batata, utilizada em épocas de
grande estiagem como alimento.
Opa! E o pé de Umbu Gaúcho?
Já o pé de umbuzeiro nativo do Rio Grande do Sul
é originário dos pampas argentinos. Phytolacca Dioica é a denominação dada
pelos botânicos, que a reconhecem como erva, apesar de sua forma e dimensões
arbóreas. E quando falo em arbórea, põe arbórea nisto! A planta pode atingir
cerca de 12 a 18 metros de altura, sem madeira em seu caule. E o que isso
significa? – É oca! Ou melhor, possui apenas uma estrutura esponjosa que pode
ser facilmente cortada com por uma faca. Particularidade essa, que proporcionou
aos tropeiros gaúchos proteção nas noites frias, ou até mesmo servindo como
esconderijo em outros casos.
Carinhosamente
conhecida por cebolão (graças ao odor desagradável que lembra uma cebola), a
árvore ainda possui seiva venenosa e folhas que podem ser usada como purgantes
pela medicina tradicional. Seu suco também é utilizado em dores reumáticas ou
artrite e suas cinzas quando misturadas ao sal, pode ser dada ao gado
combatendo bernes e carrapatos.
O cebolão. Pé de umbu gaúcho. Foto: emoçõesvivi.com.br |
Viu! Não falei que eram
diferentes. Agora se você gostou do texto e quer continuar lendo, confira
abaixo a lenda do Umbu:
A LENDA ->
Deus ao criar os reinos perguntou a cada elemento
de cada espécie o que gostaria de ser, que papel gostaria de desempenhar no
palco onde seria encenada sua Grande Peça.
Assim, aconteceu com o reino vegetal e, quando Deus indagou das árvores e ervas as respostas e desejos foram os mais diversos.
A araucária respondeu que queria ser muito alta; que seu tronco servisse para o fabrico desde os menores, como um palito, até os maiores artefatos, como um mastro; e que gostaria de ter frutos, para que pudesse alimentar os nativos da região onde nascesse.
A erva mate, optou por ser reconhecida pelos chás feito com suas folhas e, ainda mais, pediu ao seu Criador, que a gente da região onde nascesse, adquirisse o hábito de apreciá-la em grupo, desenvolvendo assim a hospitalidade e a solidariedade.
A parreira suplicou para que fosse aquela que oferecesse um fruto, com o qual se produziria a bebida consumida nos lares e apreciada por todos, para brindarem seus momentos de maior encantamento.
A laranjeira, o pessegueiro, a macieira, a pereira e outras pediram, para serem aquelas que ofereceriam frutos deliciosos.
Já o pau-ferro, o angico, o ipê, o açoita-cavalo, o cedro e outras pediram para nascerem como madeira forte, para serem transformadas nas mais diversas utilidades para os homens.
Chegara a vez do Umbu e Deus perguntou-lhe: e tu, o que queres oferecer? Madeira forte, frutos deliciosos, bebidas saborosas?
Então, respondeu o Umbu ao Criador: quero atingir grandes alturas, com muitas folhas largas e que meu tronco e caules sejam tão fracos, que não sirvam como madeira forte.
Sabendo das intenções do Umbu o Senhor retrucou, para ouvir do próprio: mas o que desejas com teu pedido?
E o Umbu concluiu: sendo alta, folhuda, e largas minhas folhas, oferecerei sombra amiga e hospitaleira; e negando-me a ser madeira forte, evito correr o risco de servir como cruz para o suplício dos justos provocado por torturas.
E Deus, o Criador dos Universos e dos Reinos, ciente de que teria, em época muito distante daqueles dias, um de seus Filhos crucificado, fez o Umbu do jeito como Lhe foi pedido.
Assim, aconteceu com o reino vegetal e, quando Deus indagou das árvores e ervas as respostas e desejos foram os mais diversos.
A araucária respondeu que queria ser muito alta; que seu tronco servisse para o fabrico desde os menores, como um palito, até os maiores artefatos, como um mastro; e que gostaria de ter frutos, para que pudesse alimentar os nativos da região onde nascesse.
A erva mate, optou por ser reconhecida pelos chás feito com suas folhas e, ainda mais, pediu ao seu Criador, que a gente da região onde nascesse, adquirisse o hábito de apreciá-la em grupo, desenvolvendo assim a hospitalidade e a solidariedade.
A parreira suplicou para que fosse aquela que oferecesse um fruto, com o qual se produziria a bebida consumida nos lares e apreciada por todos, para brindarem seus momentos de maior encantamento.
A laranjeira, o pessegueiro, a macieira, a pereira e outras pediram, para serem aquelas que ofereceriam frutos deliciosos.
Já o pau-ferro, o angico, o ipê, o açoita-cavalo, o cedro e outras pediram para nascerem como madeira forte, para serem transformadas nas mais diversas utilidades para os homens.
Chegara a vez do Umbu e Deus perguntou-lhe: e tu, o que queres oferecer? Madeira forte, frutos deliciosos, bebidas saborosas?
Então, respondeu o Umbu ao Criador: quero atingir grandes alturas, com muitas folhas largas e que meu tronco e caules sejam tão fracos, que não sirvam como madeira forte.
Sabendo das intenções do Umbu o Senhor retrucou, para ouvir do próprio: mas o que desejas com teu pedido?
E o Umbu concluiu: sendo alta, folhuda, e largas minhas folhas, oferecerei sombra amiga e hospitaleira; e negando-me a ser madeira forte, evito correr o risco de servir como cruz para o suplício dos justos provocado por torturas.
E Deus, o Criador dos Universos e dos Reinos, ciente de que teria, em época muito distante daqueles dias, um de seus Filhos crucificado, fez o Umbu do jeito como Lhe foi pedido.
Texto: Bianca Mariano
A CHEGADA DA TELEVISÃO EM UMBUZEIRO
Parte 1/3
Parte 2/3
Parte 3/3
Agradeço imensamente todas entrevistadas presente no vídeo, e ao auxilio de Bruna Mariano (imagens).
Obs: Devido à extensão do vídeo, foi necessário sua divisão em três partes.
Correios e Telégrafos de Umbuzeiro
Os correios e Telégrafos de Umbuzeiro datam desde 1899, pertencendo ao Departamento de Correios e Telégrafos - DCT.
Por volta dos mesmos anos, as correspondências viajavam nas costas de animais, via João Pessoa, Ingá, Aroeiras a Umbuzeiro. Em 24 de Abril de 1909, Dr. Epitácio Pessoa noticia a instalação de alinha de telegráfica de Bom Jardim a Umbuzeiro, inaugurada em 15 de Novembro de 1911, sendo substituída por um aparelho Morse em 1912.
Aparelho Morse |
Código Morse Utilizado |
Hoje em tempos acelerados da internet, muitos deixaram o hábito de enviar cartas e correspondências pelos correios, no entanto, os serviços continuam em pleno funcionamento e mais do que nunca reafirma sua Característica de meio Comunicacional.
Fundação
do Umbuzeiro Sport Club
A agremiação
esportiva “Umbuzeiro Sport Club”, foi fundada em torno dos eventos sociais da
terrinha – Professor Carlos Honório de Lima ( 1° Diretor do Grupo Escolar Cel.
Antônio Pessoa) e o mestre Zé Souto, iniciando suas atividades no dia 15 de
novembro de 1927.
Posteriormente a
sociedade foi intitulada UMBUZEIRO FUTEBOL CLUBE, nome que dura até os dias de
hoje. Além de toda sua tradição, o UFC possui um belo hino composto por seus
fundadores. Hoje já não tão forte como antigamente, o UFC ainda atua
principalmente no Estádio de Futebol que foi inaugurado pelo Governador Dr. Cícero
Lucena em 30/10/1994, tendo sua 1° partida futebolística em 05 de julho de 1995
entre UFC e o Treze Futebol Clube de Campina Grande – PB.
Fonte:
Livro Umbuzeiro 100 anos – Autor: J. Eduardo Gomes
Uma das formações do UFC. Foto: rodolfovascocellos.blogspot.com.br
Figura
Folclórica
Sinhá Balbina – A Vendedora de Bolos
Entre todas as
figuras folclóricas, uma ganha destaque e é mais conhecida. Sinhá Balbina era
uma mulher alta, enxuta e de musculatura bem distribuída. Tinha um talhe de uma
garota bem viçosa, apesar de beirar os cinqüenta anos e a vivacidade de uma
pombinha, vivendo com um senhor que tinha o dobro de sua idade. Vaidosa,
gostava de vestir uma saia rodada e casaco cheio de babados lisos pendurados
até a cintura, preso por um grande laço de fita encarnado chamando a atenção
dos rapazes e homens casados. O banco de bolos de Balbina era a “chama” ou uma
desculpa para esconder suas verdadeiras intenções. Homens cercavam-na de todas
as formas enchendo-lhe os bolsos da saia de dinheiro e o coração de muitas
esperanças.
Era noite fria
de inverno e sem luar, Balbina acorda com pesadelos horríveis e a corpo quente,
ofegante. Sem pensar duas vezes salta da cama pronta para virar lobisomem, indo
até a estrebaria vestir uma couraça de vaca velha, um capeirão de palha na
cabeça e um chocalho.
Saiu
devagarzinho, até pular de dentro do mato um cara baixo e gordo apontando-lhe
uma garrucha pronto para atirar. Tremendo de susto Balbina deixa a carcaça cair
revelando sua verdadeira identidade, implorando para que não a matasse
ajoelhando-se diante o valentão.
Colocando a
garrucha a tiracolo, o valentão sumiu noite adentro com Balbina, e desde esse
dia a feira de Umbuzeiro ficou digamos desfalcada e com banco de guloseimas a
menos.
Fonte: Livro Umbuzeiro 100 anos – Autor: J. Eduardo Gomes
divulgue mais
ResponderExcluir“Uma página apagada de nossa história”.
ResponderExcluirÉ assim que Maria Beatriz Kother, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), define a importância da preservação do patrimônio histórico. “Perdemos muito cada vez que nosso patrimônio é demolido, descaracterizado ou mutilado. É como se apagassem uma página de nossa história. São danos irreversíveis”.
Não existe preocupação com a preservação do patrimônio histórico . Se faz necessário investir em educação patrimonial nas escolas e comunidades para criar consciência nas pessoas sobre a importância de preservar imóveis e peças que remetem à história da região.
A memória de um indivíduo ou de uma cidade está na base da formulação de uma identidade, que a continuidade encarrega de perpetuar. Lefebvre "dizia que a forma do urbano, a sua razão suprema, a saber, a simultaneidade e o encontro, não podem desaparecer, devem se perpetuar."
Entretanto, não existe real interesse na preservação histórica e arquitetônico, pelo poder público e de comum acordo está o povo, apoiando irresponsavelmente com a perda de nossas referências culturais, implica em danos irreparáveis à memória de uma civilização.
É realmente uma situação lamentável!
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