quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Curiosidades




UMBU: DE NORTE A SUL



Você sabia que o pé de Umbu foi de extrema importância para os tropeiros viajantes do 
Rio Grande Do Sul? 


É meus amigos, não é apenas aqui no Nordeste que a planta faz sucesso não! Há muito tempo o umbu, frutinha de cor esverdeada, faz parte da cultura popular brasileira. Mas se você pensa que as duas árvores por serem da mesma espécie são semelhantes, está muito enganado.

Pé de Umbu semiárido nordestino. Foto: reprodução internet
O pé de umbuzeiro nordestino ééé... Pequenininho. Meio acanhando. Com caules retorcidos. Podendo medir até seis metros de altura (nada mais que isso). Por outro lado, o Rei Do Sertão, das secas e estiagens fornece um ótimo suporte tanto por sua copa larga (que pode chegar até 15 metros), como também por seus frutos suculentos e suas raízes conservadoras de água produtoras de uma batata, utilizada em épocas de grande estiagem como alimento. 
Opa! E o pé de Umbu Gaúcho? 

Já o pé de umbuzeiro nativo do Rio Grande do Sul é originário dos pampas argentinos. Phytolacca Dioica é a denominação dada pelos botânicos, que a reconhecem como erva, apesar de sua forma e dimensões arbóreas. E quando falo em arbórea, põe arbórea nisto! A planta pode atingir cerca de 12 a 18 metros de altura, sem madeira em seu caule. E o que isso significa? – É oca! Ou melhor, possui apenas uma estrutura esponjosa que pode ser facilmente cortada com por uma faca. Particularidade essa, que proporcionou aos tropeiros gaúchos proteção nas noites frias, ou até mesmo servindo como esconderijo em outros casos. 
Carinhosamente conhecida por cebolão (graças ao odor desagradável que lembra uma cebola), a árvore ainda possui seiva venenosa e folhas que podem ser usada como purgantes pela medicina tradicional. Seu suco também é utilizado em dores reumáticas ou artrite e suas cinzas quando misturadas ao sal, pode ser dada ao gado combatendo bernes e carrapatos.

O cebolão. Pé de umbu gaúcho. Foto: emoçõesvivi.com.br  


Viu! Não falei que eram diferentes. Agora se você gostou do texto e quer continuar lendo, confira abaixo a lenda do Umbu:

A LENDA ->


Deus ao criar os reinos perguntou a cada elemento de cada espécie o que gostaria de ser, que papel gostaria de desempenhar no palco onde seria encenada sua Grande Peça.

Assim, aconteceu com o reino vegetal e, quando Deus indagou das árvores e ervas as respostas e desejos foram os mais diversos.

A araucária respondeu que queria ser muito alta; que seu tronco servisse para o fabrico desde os menores, como um palito, até os maiores artefatos, como um mastro; e que gostaria de ter frutos, para que pudesse alimentar os nativos da região onde nascesse.

A erva mate, optou por ser reconhecida pelos chás feito com suas folhas e, ainda mais, pediu ao seu Criador, que a gente da região onde nascesse, adquirisse o hábito de apreciá-la em grupo, desenvolvendo assim a hospitalidade e a solidariedade.

A parreira suplicou para que fosse aquela que oferecesse um fruto, com o qual se produziria a bebida consumida nos lares e apreciada por todos, para brindarem seus momentos de maior encantamento.

A laranjeira, o pessegueiro, a macieira, a pereira e outras pediram, para serem aquelas que ofereceriam frutos deliciosos.

Já o pau-ferro, o angico, o ipê, o açoita-cavalo, o cedro e outras pediram para nascerem como madeira forte, para serem transformadas nas mais diversas utilidades para os homens.

Chegara a vez do Umbu e Deus perguntou-lhe: e tu, o que queres oferecer? Madeira forte, frutos deliciosos, bebidas saborosas?

Então, respondeu o Umbu ao Criador: quero atingir grandes alturas, com muitas folhas largas e que meu tronco e caules sejam tão fracos, que não sirvam como madeira forte.

Sabendo das intenções do Umbu o Senhor retrucou, para ouvir do próprio: mas o que desejas com teu pedido?

E o Umbu concluiu: sendo alta, folhuda, e largas minhas folhas, oferecerei sombra amiga e hospitaleira; e negando-me a ser madeira forte, evito correr o risco de servir como cruz para o suplício dos justos provocado por torturas.

E Deus, o Criador dos Universos e dos Reinos, ciente de que teria, em época muito distante daqueles dias, um de seus Filhos crucificado, fez o Umbu do jeito como Lhe foi pedido.



Texto: Bianca Mariano 


A CHEGADA DA TELEVISÃO EM UMBUZEIRO

Parte 1/3

 

Parte 2/3

 

Parte 3/3


     Agradeço imensamente todas entrevistadas presente no vídeo, e ao auxilio de Bruna Mariano (imagens). 

    Obs: Devido à extensão do vídeo, foi necessário sua divisão em três partes.

 

 Correios e Telégrafos de Umbuzeiro  

 

 

Os correios e Telégrafos de Umbuzeiro datam desde 1899, pertencendo ao Departamento de Correios e Telégrafos  - DCT.
Por volta dos mesmos anos, as correspondências viajavam nas costas de animais, via João Pessoa, Ingá, Aroeiras a Umbuzeiro. Em 24 de Abril de 1909, Dr. Epitácio Pessoa noticia a instalação de alinha de telegráfica de Bom Jardim a Umbuzeiro, inaugurada em 15 de Novembro de 1911, sendo substituída por um aparelho Morse em 1912.


Aparelho Morse



Código Morse Utilizado
Passando por 1919 ( Inauguração Telegráfica de Aroeiras); 1930 até o dia 20 de Março de 1926 os correios passaram a ser subordinados à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - EBCT.
Hoje em tempos acelerados da internet, muitos deixaram o hábito de enviar cartas e correspondências pelos correios,  no entanto, os serviços continuam em pleno funcionamento e mais do que nunca reafirma sua Característica de meio Comunicacional.




                  Fonte: Livro Umbuzeiro 100 anos – Autor: J. Eduardo Gomes

  

    Fundação do Umbuzeiro Sport Club

A agremiação esportiva “Umbuzeiro Sport Club”, foi fundada em torno dos eventos sociais da terrinha – Professor Carlos Honório de Lima ( 1° Diretor do Grupo Escolar Cel. Antônio Pessoa) e o mestre Zé Souto, iniciando suas atividades no dia 15 de novembro de 1927.
Posteriormente a sociedade foi intitulada UMBUZEIRO FUTEBOL CLUBE, nome que dura até os dias de hoje. Além de toda sua tradição, o UFC possui um belo hino composto por seus fundadores. Hoje já não tão forte como antigamente, o UFC ainda atua principalmente no Estádio de Futebol que foi inaugurado pelo Governador Dr. Cícero Lucena em 30/10/1994, tendo sua 1° partida futebolística em 05 de julho de 1995 entre UFC e o Treze Futebol Clube de Campina Grande – PB.

                    Fonte: Livro Umbuzeiro 100 anos – Autor: J. Eduardo Gomes




Uma das formações do UFC. Foto: rodolfovascocellos.blogspot.com.br








                           

                                     
                                    Figura Folclórica

 

Sinhá Balbina – A Vendedora de Bolos


Entre todas as figuras folclóricas, uma ganha destaque e é mais conhecida. Sinhá Balbina era uma mulher alta, enxuta e de musculatura bem distribuída. Tinha um talhe de uma garota bem viçosa, apesar de beirar os cinqüenta anos e a vivacidade de uma pombinha, vivendo com um senhor que tinha o dobro de sua idade. Vaidosa, gostava de vestir uma saia rodada e casaco cheio de babados lisos pendurados até a cintura, preso por um grande laço de fita encarnado chamando a atenção dos rapazes e homens casados. O banco de bolos de Balbina era a “chama” ou uma desculpa para esconder suas verdadeiras intenções. Homens cercavam-na de todas as formas enchendo-lhe os bolsos da saia de dinheiro e o coração de muitas esperanças.
Era noite fria de inverno e sem luar, Balbina acorda com pesadelos horríveis e a corpo quente, ofegante. Sem pensar duas vezes salta da cama pronta para virar lobisomem, indo até a estrebaria vestir uma couraça de vaca velha, um capeirão de palha na cabeça e um chocalho.
Saiu devagarzinho, até pular de dentro do mato um cara baixo e gordo apontando-lhe uma garrucha pronto para atirar. Tremendo de susto Balbina deixa a carcaça cair revelando sua verdadeira identidade, implorando para que não a matasse ajoelhando-se diante o valentão.
Colocando a garrucha a tiracolo, o valentão sumiu noite adentro com Balbina, e desde esse dia a feira de Umbuzeiro ficou digamos desfalcada e com banco de guloseimas a menos.
                       
 Fonte: Livro Umbuzeiro 100 anos – Autor: J. Eduardo Gomes


                       




 

                

3 comentários:

  1. “Uma página apagada de nossa história”.

    É assim que Maria Beatriz Kother, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), define a importância da preservação do patrimônio histórico. “Perdemos muito cada vez que nosso patrimônio é demolido, descaracterizado ou mutilado. É como se apagassem uma página de nossa história. São danos irreversíveis”.
    Não existe preocupação com a preservação do patrimônio histórico . Se faz necessário investir em educação patrimonial nas escolas e comunidades para criar consciência nas pessoas sobre a importância de preservar imóveis e peças que remetem à história da região.
    A memória de um indivíduo ou de uma cidade está na base da formulação de uma identidade, que a continuidade encarrega de perpetuar. Lefebvre "dizia que a forma do urbano, a sua razão suprema, a saber, a simultaneidade e o encontro, não podem desaparecer, devem se perpetuar."
    Entretanto, não existe real interesse na preservação histórica e arquitetônico, pelo poder público e de comum acordo está o povo, apoiando irresponsavelmente com a perda de nossas referências culturais, implica em danos irreparáveis à memória de uma civilização.









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