quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Filhos Da Terra


                                           Epitácio Lindolfo Da Silva Pessoa:


 

Epitácio Pessoa nasceu em Umbuzeiro no dia 23 de Maio de 1865, ficando órfão aos sete anos de idade, pois, seus pais faleceram vítimas da varíola.
Estudou em Pernambuco formando-se na mesma faculdade de Direito em que Assis Chateaubriand formou-se (anos mais tarde), foi nomeado promotor público na cidade de Bom Jardim, enveredando pelos caminhos da justiça chegando ao meio político.
Em 1919, Epitácio Pessoa assumiu a Presidência da República, logo após o falecimento do até então Presidente eleito Rodrigues Alves. Enfrentou períodos conturbados no cenário político brasileiro, movimentos como a Revolta do Forte de Copacabana marcaram seu governo, bem como empréstimos e dividas adquiridas. No entanto, voltou seu olhar para o Nordeste construindo obras contra a seca, entre elas duzentos e cinco açudes, duzentos e vinte poços e quinhentos quilômetros de vias férreas locais.
O ilustre paraibano era casado com D. Mary da Silva Pessoa, com quem teve uma filha de nome Laurita Raja Gabaglia Pessoa. Eleito Juiz da Corte Permanente de Haia na Holanda, ficou até 1930, quando decidiu deixar a vida publica indo para sua Estância, em “Correias”, Petrópolis – RJ. Falecendo no dia 13 de fevereiro de 1942.


Seu nome esta presente em centenas de cidades pelo país, e aqui berço de origem não podia ser diferente. A Rua Dr. Epitácio Pessoa, e o Fórum Presidente Epitácio Pessoa são pequenas provas que o homenageiam seu filho na cidade.  


                                          Rua Dr. Epitácio Pessoa. Foto: Bianca Mariano





João Pessoa Cavalcante De Albuquerque:


 
Sobrinho de Epitácio Pessoa, João Pessoa seguiu os passos do tio como advogado e político, realizando seus primeiros estudos em Umbuzeiro. Nasceu no dia 24 de janeiro de 1878, sendo anos mais tarde Auditor-Geral da Marinha, Ministro da Junta de Justiça Militar, Ministro do Supremo Tribunal Militar e Presidente da Paraíba.
A negação do apoio ao candidato oficial à presidência Júlio Prestes, estampa a bandeira estadual da Paraíba evidentemente símbolo de resistência de um dos homens mais influentes do país. Casou-se com Maria Luiza de Souza Leão Gonçalves, filha do senador, ex-governador e desembargador Sigismundo Antônio Gonçalves.
Em 26 de julho de 1930, o Brasil sentiu a enorme perca. João Pessoa havia sido assassinado por João Dantas na confeitaria Glória na cidade pernambucana-Recife.  Afirma-se que este lamentável fato deu-se por questões políticas e pessoais, um fato que culminou com a Revolução de 30, elevando Getúlio Vargas ao poder.


Casa onde nasceu João Pessoa. Foto: Bianca Mariano.



                    Repercussão da morte de João Pessoa Em Umbuzeiro:
 
A noticia do trágico homicídio indignou e incorformou o povo, que saia as ruas à procura de detalhes da lamentável ocorrência. Em Umbuzeiro, era possível ler o semblante de cada um de seus conterrâneos o desespero, e a tristeza. Morreu o pai dos pobres: falavam uns. Desapareceu “uma das glórias da Paraíba”! Falavam outros.
A prefeitura decretou luto oficial de 08 dias. Repartições Públicas, Escolas e comércios fecham suas portas e bandeira do estado da Paraíba é asteada a meio mastro, em sinal de luto.
Sob forte emoção e o templo superlotado de fiéis, dá inicio a cerimônia. A Banda de Música sob regência do Mestre Zé Souto, executa uma marcha fúnebre de sua autoridade. Foram momentos de intensa emoção que a cidade de Umbuzeiro homenageou a memória de seu filho. A prefeitura erigiu um busto em bronze, localizado na Praça que recebeu seu nome. Todo ano, é colocada, a 26 de Julho uma grinalda de flores como um gesto de carinho que a cidade ainda guarda. 
Busto de João Pessoa. Foto: Bianca Mariano.



“Herói e Mártir”
De Palmira Warderley
A nação brasileira, comovida
Suplica aos céus um brado doloroso
Justiça, para o sangue generoso
Do filho heróico que tombou sem vida...

Em luta desigual, luta renhida
Contra a horda vil – o bando criminoso
O bravo João Pessoa, valoroso,
Sereno, combateu de fronte erguida.

Porém se “VIVO NÃO TE VENCERAM”
Os algoses cruéis te suplicam
Ferindo a pátria em pleno coração.

Mas, o teu nome ficará na história
Aureolado pelo sol da glória,
Pois, mesmo “MORTO, NÃO TE VENCERÃO”.

SONETO DECLAMADO PERANTE AS RELIGIOSAS DA SAGRADA FAMÍLIA, DO COLÉGIO DE N SRA. DAS NEVES, NA CAPITAL DO ESTADO, CANTADO PELA ALUNA IRACEMA DE SOUTO LIMA, NA OPORTUNIDADE QUE AQUELE ESTABELECIMENTO DE ENSINO PRESTAVA UMA HOMENAGEM AO PRESIDENTE JOÃO PESSOA.


Referências:  Livro - Umbuzeiro 100 anos. Autor: J. Eduardo Gomes


Assis Chateaubriand (1892-1968)







“Se a lei é contra mim, vamos ter que mudar a lei”

Nascido em Umbuzeiro no dia 05 de outubro de 1892, Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, entrou para a faculdade de direito aos 15 anos na cidade pernambucana- Recife, tornando-se um dos homens mais influentes do Brasil nos anos 1940 e 1950.
Dono de um verdadeiro império Jornalístico, Chateaubriand assumiu em 1924 a direção de “O Jornal” possuidor do maior coglomerado da mídia, inaugurando em 1950 a TV Tupi primeira emissora televisiva da América Latina, fato este resultante de uma visita a Nova York em 1944. Como já imagina-se o nome Tupi derivou-se dos primeiros habitantes do Brasil, sendo atribuído como forma de homenagem à tradição indígena.
Chatô (como Chateaubriand era chamado pelos amigos) além de jornalista exercia uma vida política, eleito senador pela Paraíba, e pelo Maranhão, renunciando o mandato para assumir a embaixada do Brasil na Inglaterra, ocupando depois a cadeira deixada por Getúlio Vargas na Academia Brasileira De Letras em 1954. Percorreu pelo Brasil afora em busca de apoio para incrementar a Aviação Civil, conseguindo comprar muitos aviões de pequeno porte, construindo “campos de pouso” em diversas cidades do interior.


Assis Chateaubriand, também foi membro da Academia Brasileira de letras. Foto:
http://fragmentosfractais.blogspot.com.br/2012/03/resenha-chato-o-rei-do-brasil.html

Pondo-se em trabalho, enviou material, contratando trabalhadores, para a construção de um moderno campo de pouso em sua terra natal. Inaugurado com benção de suas instalações pelo Revmo. Cônego Antônio Ramalho de Alencar. Representante do Governo do Estado da Paraíba, o Ex-Governador do Estado De Mina Gerais Dr. Juscelino Kubitscher de Oliveira; Dra. Alzira Vargas do Amaral Peixoto, filha do Ex- Presidente Getúlio Vargas, Jornalistas, Cinegrafistas e Fotógrafos.

Fundou o MASP (Museu De Artes em São Paulo), com um vão livre de 70 metros construído sobre quatro enormes pilares, totalizando hoje um acervo com quase oito mil peças. Entregou à fundação Universidade Regional do Nordeste (hoje UEPB), o primeiro acervo regional do Museu Regional de Campina Grande (PB) que recebeu o seu nome “Coleção Assis Chateaubriand”.
 

Vista atual do MASP. Foto: http://www.comercioexterior.ub.edu

Ainda em sua homenagem, Fernando Morais escreveu um livro entitulado Chatô – O Rei Do Brasil onde conta toda sua trajetória, fato este também iniciado em um filme que tomou rumos polêmicos sendo engavetado até hoje. Assis Chateaubriand morreu no ano 1968 em São Paulo, velado ao lado de duas pinturas dos grandes mestres: um cardeal de Velázquez e um nu de Renoir. 


                                         
                                           Livro de Fernando Morais. Chatô O rei do Brasil.



Francisco Pessoa De Queirós

Nascido em Umbuzeiro, F. Pessoa de Queiroz, como era conhecido, mudou-se para Recife aos três meses de idade. Foi aluno do Ginásio Pernambucano, na época um dos grandes colégios do Brasil, e da Faculdade de Direito de Pernambuco, onde colou grau no ano de 1911. Foi diplomata em Buenos Aires, Londres e Bucareste, depois secretariou a comissão brasileira enviada por Epitácio Pessoa, seu tio, à conferencia de paz em Versalhes, em 1918. Depois foi eleito deputado federal, ocupando mandatos de 1921 a 1930.
A Revolução de 1930 levou à queda do Presidente Washington Luís, ao fim da República Velha e ao empastelamento da redação do Jornal do Commercio. Pessoa de Queiroz teve sua casa incendiada e foi forçado a exilar-se na França, de onde só voltaria dois anos depois. Reiniciou suas atividades políticas com a
Francisco Pessoa de Queiroz morreu em 7 de setembro de 1980, de uma parada cardíaca. eleição para o Senado pela UDN/PR, em 1962, onde ficaria até 1971.

Napoleão Laureano 







Napoleão Laureano nasceu na antiga vila de Barra de Natuba, do município de Umbuzeiro em Agosto de 1914. Filho do fazendeiro Floriano Rodrigues Laureano (Tenente da extinta Guarda Nacional) e deu sua mulher D. Teófila Bezerra da Silva Laureano, iniciou os estudos com a professora Maria do Egito, seguindo depois para o Recife.
Ingressou na faculdade de Medicina, recebendo o diploma de Curso Superior, voltando-se para os problemas de saúde dos pobres, sobretudo dos indigentes. Fundou um pequeno Laboratório de Analises, no Bairro de Jaguaribe, com recursos próprios, montando também um consultório Médico na AV. Beaupearibe Rohan.
Em 1946, foi eleito vereador à câmara Municipal de João Pessoa, exercendo a presidência por 4 anos consecutivos, sob a legenda da União Democrática Nacional UDN.
Sentido uma forte dor no maxilar, executou uma série de exames, e o diagnóstico apontou-lhe: câncer. Não dispondo de recursos suficientes, recorreu a amigos sendo levado para Buenos Aires (Argentina), submetendo-se a mais uma sequência de exames.
Transportado para os Estados Unidos é Internado no Memorial de Nova Iorque, recebendo um diagnostico nada animador: 4 a 5 semanas de vida.
 Voltou ao Brasil, e a Paraíba, pondo seu corpo à disposição da ciência, para que nele sejam testados todos os Medicamentos em fase experimental contra o câncer.
Napoleão Laureano, casado com D. Maria Sampaio, faleceu no Rio de Janeiro, no dia 1 de julho de 1951. O local onde nasceu hoje pertence à Natuba.

Fonte: Livro - Umbuzeiro 100 anos. autor: J. Eduardo Gomes  


Mestre Zé Souto



José de Souto Lima nasceu no dia 31 de julho de 1891. Seus pais: Dr. José de Souto Lima, juiz de direito do Estado do Amazonas e D. Josefa Vitorina da Silva.
Iniciou seus estudos aos 6 anos de idade, matriculado na Escola Municipal que funcionava sob a direção da professora Idalina Gomes Alves. Concluiu o Curso Primário aos 12 anos, vendo-se forçado a procurar um trabalho para auxiliar sua mãe na educação dos seus irmãos menores – Tito e Mariana (seu pai havia falecido no Amazonas). Valendo-se de um amigo da família solicitou uma vaga em sua oficina de concertos de utensílios domésticos passando pouco tempo.
Costumava ir com amigos assistir aos ensaios da Banda de Música da cidade, local onde envolvido pela beleza e sonoridade das notas revelou sua grande vocação: músico. Tornou-se músico, instrumentalista dos mais versáteis compositores e Regente de Banda.
O repertório do Mestre Zé Souto é dos mais variados com melodias escritas em todos os ritmos: valsas, sambas e enumeras músicas sacras, com Marchas para procissões, Ladainhas e etc. O Hino Oficial da Paróquia de Umbuzeiro – N Sra. Do Livramento: melodia adaptada ao soneto do poeta Augusto dos Anjos – “A Árvore da Serra”; o hino à “Aliança Liberal” entre outros.
Era casado com Leopoldina Augusta de Souto Lima, recebendo o título de “cidadão umbuzeirense”, no dia 23 de outubro de 1975 Pelo prefeito Sr. Valdemir Donato Costa. Faleceu no dia 12 de julho de 1977estando sepultado no cemitério local.
 

Fonte: Livro - Umbuzeiro 100 anos. autor: J. Eduardo Gomes  



Luiz Carlos Vasconcelos
 



Fonte: museudatv.com.br


Seja no circo com o seu companheiro “palhaço xuxu” ou nas telinhas interpretando dinâmicos personagens, Luiz Carlos Vasconcelos é conhecido como símbolo de talento e personalidade.
Nascido em Umbuzeiro no dia 25 de junho de 1954, formou-se em letras estudando mais tarde artes cênicas incorporando ao grupo teatral Intrépida Trupe. Fundou em João Pessoa a Escola Piolim, em homenagem a Abelardo Pinto mundialmente conhecido como um dos principais representantes circense. No mesmo ano (1978) criou o palhaço Xuxu, um palhaço cidadão por apresenta-se constantemente para comunidades carentes.




 
                                   









   “Xuxu”, um palhaço cidadão.

                                           Carreira

Televisão:
 



Cinema:
  • 1997 Baile Perfumado
  • 1998 O Primeiro Dia
  • 2000 Eu Tu Eles
  • 2001 Abril Despedaçado
  • 2003 Carandiru 
  • 2007 Mutum

  •  2010 O sol do Meio Dia


  • 2013 - Fragma - Homem 1 Mais Velho

Fonte: Wikipédia
 
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